Contentor 3

A tralha continua

2022

Quero mimar-te pois és pérola
Quero polir-te pois és tesouro,
Quero guardar-te pois és broto.

Vendes um quilo por quilo e meio
Pesaste na balança e sem cuidado
Criaste um negócio em cadeia
Que lucrará com a tua prisão. 

Ele ria porque pensava que eu não percebia
E eu só entendi enquanto não entendia, 

Era de noite e eu passeava nas ruas
Sem uma direção caminhava à toa,
Não havia ninguém, estradas nuas,
Somente vestida de neblina Lisboa. 

Eu quis mesmo acertar no alvo
Que em outubro te criei,
Mas a flecha fez ricochete
E foi a mim que me aleijei 

E dois , três dias já se passaramPorém nenhuma delas me animou,Eu quero o tesouro que já acharamE agora procuro quem o achou.

Ela pode não amar serena
E na cena pode nem amar,
E enquanto durar a cena
Serena continuará a estar. 

Ela pode não amar serena
E pode nem sequer amar,
Enquanto durar a cena
Calma continuará a estar. 

2020

Não contem este segredo:
Mas eu vivia com medo
Do cão feroz degredo,
Acordava de manhã cedo
Para cair pelo rochedo
E caído bêbado no vinhedo
Arrotava: oh Alfredo,
Não sou mais o teu brinquedo! 

Não foi feitiço nem estava enfeitiçado,
Pensava estar apaixonado por uma feiticeira
Infelizmente ela era cruel e eu era tratado
De toda a cruel maneira.
 Quando acordei fiquei curado
Mas também espantado
 Afinal era feitiçaria verdadeira! 

Quando penso em ti sinto
Um sentimento repousante
Uma calma profunda,

À tua passagem,
As grosas raízes transcendem
Em finas cordas de violino,
Que melodiosamente tocam
O som atmosférico da natureza.

Eu nao quis fugir de ti
Na verdade eu quis prender-te
Mas tu afastaste-me
E eu prendi-me à solidao

Eu sei que fazes parte do grupo
E por seres humano sentes isso,
Queres desistir de tudo
Porque não há nada para dar,
Tu dás o máximo de ti
Dás tudo o que tens,
Mas não é o suficiente
E não alcanças o pretendido,
Ela não quer saber
Ele não se importa
E até tu és descrente de ti.
És uma melodia melancólica,
Um canto triste e solitário,
Caminhas rente ao chão
Arrastas o teu corpo na rua,
Cometes erros e choras
Vês televisão e deprimes

Estás a planear a preparação do teu casamento?
Oh não, deixa isso para mim, sinto-me inspirado:
Uma ocasião assim requer certo discernimento
E claramente tu ainda não estás preparado.
Até diria para ires vestido de branco e cinzento
Num daqueles carros antigos - não antiquado,
E a comida seria camarão, leitão e
Até diria para dançares para ela nesse evento
Sendo que menos de cinco danças seria pecado,
Mas não vale a pena, fica sentado no teu acento
O caso aqui é mais complexo e mais complicado.
Esse casamento será um fiasco, um tormento,
Nem um nem outro será devidamente amado,
O vosso amor foi brutalmente assassinado,
E vais à esquadra fazer o depoimento
Tentando mentir
Mas nem para mentir tens talento

Tenho receio da tua bondade,
Medo da tua alegre simpatia.
Prefiro não ver essa verdade,
Olhar-te de noite e não de dia.

Apenas quero ver-te da escuridão,
Apenas a sombra da tua energia,
Esconder-te do meu coração,
Ocultar-te da fantasia.

Perdoa o afastamento, a agonia,
Mas tenta por momentos entender:
Eu fui embora da tua companhia,
Mas sem medo de te perder,

Não irei precipitar um sofrimento
Este é momento de esperar!
Não posso amar neste momento,
Ainda é cedo para te amar...

Sou embaixador do amor
Na capital da atração,
E sinto o sujo pudor
Que os sujos olhares me dão.

Enquanto procurava o amor eu escrevia
Pois aliviava com o desabafo,
Mas agora que tenho o que queria
Apenas o que escrevia autografo. 

A minha almofada
Está encharcada
Por uma simples verdade:
Não te ver na eternidade. 

Tu és o rio que refresca o meu corpo

O sorriso não condiz
Com a máscara
Da contradição; 

Está vento enquanto estamos aqui
O vento sopra e tem de soprar,
Assim como o meu coração ao olhar para ti
Tem de te amar. 

As ilhas, doces mares,
A paixão, brado pélago,
O amor é se me amares
Tu és um arquipélago. 

Dormi sexta de tarde
Para te ver sábado de manhã
E entretanto adormeci
E esqueci-me do encontro
E pensei: pronto, acabou,
Mas tu também estavas atrasada
E então fomos ao encontro

Passou uma estrela cadente
E ela contente disse assim:
Pede um desejo por mim!
Eu disse: mas tu já és contente. 

Toca no piano uma melodia
Para que encaixe esta poesia:
És a primavera no inverno
A mais linda das estações,
A luz do desejo é eterna
A perfeita sintonia :: 

Eu era um camponês que acampava no acampamento
E não havia chuva, seca ou tormento 

As sombras da lua nublosa engolem a luz do sol nascente,

Em paz vim ao mundo
E dele quero partir assim,
Tendo paz tenho tudo,
Nada mudo:
Quero paz até ao fim. 

Afinal o mar portugues é sangrento 

Sol e lua na mesma cama 

Tu és um rumor de ardor latejante 

Perdida nas rugas da tua face
Tento encontrar-te mas sem sucesso;
Ficaria mui feliz se te achasseE ainda espero o teu regresso

És tao santa mas perdeste a santidade 

Elogiei o camafeu mas
O camafeu revoltou-se,
Será que não aguenta
Alguém achar a sua beleza?

Se a criança é mimada, então não aguenta ouvir uma critica contra si.

Pintei um camafeu
Com tinta
De forma bela e
Distinta
Com aguarelas 

Por momentos fui feliz por pensar que pensavas em amar-me como eu já te amava. E essa era uma felicidade genuína, mas tu interrompeste essa inocência com o travão da cruel realidade.

O que leva uma pessoa a gostar de outra e estar disposta a abdicar da sua liberdade para se submeter à liberdade alheia? Que tipo de percepção alguém tem de ter para achar que só se complementará com uma cara metade? 

Eu amo-te tanto como as flores de aloé-vera
Já chegou a viva primavera
E o teu debruchar é audível

Eu anseio que haja degelo
No teu antártico coração. 

Tu riste de mim,
Não porque eu tenho piada
Mas porque eu sou a piada. 

Quando disseste que 'nao sentias nada por ninguém' nunca imaginei que também fosse Amizade.. 

Encontro-te em cada canto da minha mente
E os meus olhos esperam de novo por ti

Não é maravilhoso?
Quando gostamos de alguém queremos que esse alguém seja feliz; e colocamos de lado o que somos em prol dele.
Isso é o exato oposto ao egocentrismo e egoísmo, logo, é Amor. 

Ao sofrer por amor, surge a questão:
Estaremos apaixonados ou iludidos ? 

Hoje sei: tu és fogo,
Pois quando me lembro de ti fico quente e o meu coração derrete. 

Escondeste-me a verdade
Mas hoje sei da tua mentira

Leste e não percebeste que era para ti - típico -
Não há problema, tens mais que fazer,
Nada te pode afetar - não é? -
Tens de seguir em frente, sem olhar para trás,
Será que para ti tudo é 'normal'?
Ah desculpa, mil desculpas incomodar
Não ouso fazer-te parar para pensar,
há trabalhos a fazer e tarefas a realizar.
(O que haverá mais importante que isso? ...:)

No alguidar da vida eu coloco o coração,
A água aquecida ferve as impurezas,
Depois apenas emerge a solidão:
Único meio de não ganhar tristezas... 

Eu suporto a fatal guerra
Mas tu não ouves o berro..
E então a alma desespera,
Não sou homem de ferro.. 

Fechado na solitária do hospício
Chamo a enfermeira mas nada..
Ela não percebe que a chamada
É para ela; e pensa que apenas
Grito porque sou louco...
Mas, se ao menos
Ela soubesse que não sou... 

Assim como o fruto apodrece com o intenso sol,
Assim eu desfaleço com a tua fria ausência. 

Estou à meses de quarentena com o pensamento preso na tua pessoa,
Agora, embora trancado fisicamente, a minha mente não repara pois permanece em retiro. 

Antes pensei ser o único pássaro
A ser alimentado pelas tuas mãos,
E esperava ansiosamente até à noite
Espectante que logo aparecesses,
Mas descobri algo que me entristeceu...
Tu estás a de dar milho aos pombos
E por isso demoras tanto tempo,
Sendo que aquilo que me dás
São os restos do teu aviário! 

Tu tens a coragem de falar silêncios
Enquanto eu espero palavras 

Ontem fui ver o mar, sentir a liberdade
Corri, dancei e presenciei a normalidade,
Mas voltei para casa e triste reparei:
Os estudos tiram-me a criatividade;
Por isso, de mim para mim pensei:
Como reverter esta crua cruel maldade?
Foi então que fechei os olhos e imaginei:
Fiz da minha casa a praia
Fiz do meu quarto o mar,
E agora, mesmo fechada, sinto felicidade!

A boca cala o que a mente pensa. 

Se o farol apenas emite medo, como queres tranquilizar e guiar os perdidos na tempestade? 

Como eu te amo por aquilo que és
Então não preciso que mudes nada. 

Senhor liberte as nossas correntes
Somos escravos competentes
E precisamos de liberdade. 

O meu amor anda a galope
No teu reino de paixão zarolho,
Esse amor é robusto ciclope
E ainda assim é cego do olho! 

Tu és mineral ainda não descoberto
Substancia ainda por descobrir
És feita de um material incerto 

O pastor leva as ovelhas a pastar
E com carinho de novo as trás,
O pastar dá-lhes sacio alimentar
E ao pastor a natureza dá-lhe paz.

Estava confuso e foragido
Numa terra desconhecida,
Eu dançava perdido
Enquanto tu andavas perdida. 

A minha tristeza eclode nos recifes sobre as rochas.

Tu és um cobarde, em plena guerra
Abandonaste o teu companheiro,
Aquele que te sarou as feridas..
Mas no momento de fuga viste:
Ele era coxo... 

O palpitar do meu coracao
Estremece todo o corpo
E a cada latejo há sismo de dor 

Eu pensei que era desta vez
Mas afinal não há diferença dentro da semelhança,
É tudo mais do mesmo debaixo dos céus...
Se quiseres um pedaço do meu coração liga-me, ele está partido em muitos bocados.

Entre todas tu és a mais destacada, a mais colorida entre as plantas escuras banhadas pela chuva ácida; és a rosa, a túlipa, a papoila, o buquê florido de uma natureza celestial! Apenas o teu reflexo na água é mais lindo que todas as flores contempladas diretamente. Como te destacas aos meus olhos serenos, uma alegria viver sabendo que alguém te semeou! 

Tu és o vero amor
Por isso te escolhi,
És também uma flor
E por isso te colhi! 

O amor? O amor é caracol lento que lento tarda em chegar à conclusão: o amor é real, e o medo a ilusão. 

Animal ferido que sangra pelo bosque, foge do caçador, ele não foi embora e procura-te para acabar o que começou...

Se eu sei que tu sabes
Porque mentes outravez? 

Se sou uma pomba, porque nao sou livre? 

A gaiola rompe-se de me ouvirpiar
O qe eu vivia era madrasta agonia
E todos se riam ao me ver piar

Da terra a flor nasceu
Com o tempo cresceu
Na calma colina brotou,
O céu foi quem a regou,
Mas o humano arrancou
E foi ele quem a vendeu. 

Ela: Sou feia...
Ele: Quem te disse isso?
Ela: os meus olhos...
Ele: Oh má sina, não basta a falsa sociedade ainda os teus olhos te mentem, rudemente te tratam e enganam! Pois tu embelezaste a cada verbo verbalizado, os teus olhos são como o nascer do sol, 

O meu coracao lateja forte
Talves seja a hipnose do olhar 

As tuas cordas vocais suam às ondas do mar, suaves e profundas nas brumas libertas 

Se me tratar se me tratares como todos os outros nunca será especial para ti 

Eu vejo-te e nem acredito que existes
És como um sonho tornado realidade.

Descobri uma nova civilização, hirta, distinta, bela e florida. Apenas sobreviveu um habitante, mas já me sinto parte dos extintos. 

O meu peito é assado, lentamente cozinhado sobre carvão e pinhas; a parte de baixo está crustado e a de cima quebrado; desfeito em cinzas. 

O que te preciso dar?
Ouro, prata, seda?
Quero te encontrar
Na bela alameda! 

Eu pensava que bastava olhar para ti e tu te encantavas como nunca tem encantaste antes.
Eu pensava que as minhas falas eram ouro redobrado com diamantes; 

Entornas-te a sopa
De forma negligente

Se eu te der a volta
Dou a volta ao mundo
(És o meu mundo). 

Eu não sou caçador
Por isso não te chamo presa,
E apenas sou consumidor
E como
O que me puserem na mesa 

Tu chilreias como um pássaro fala dentro do bebedouro, e confessa ao seu intimo que é tímida e delicada, mas para mim és pomba que voa livre nos campos, divinal pássaro celeste! 

A tua palavra é sanguinária
E o teu silencio é latejante
Prefiro que sejas ordinária
Porque calada és cortante. 

É impossível ficar indiferente à tua diferença, tu és a diferença entre a semelhança, és distinta entre os indistintos
Es A unica flor no meu buque
A flora te aflora como miuda da natureza
N
As flores te coroam como princesa
O meu coração salta à corda pois não consegue ficar parado na tua presença. 

Descolei para te procurar: desde o norte ao este,
Velejei no espaço até finalmente te encontrar,
Tu dizes: Agora como voltas para onde vieste?
Eu digo: Não sei, mas também não quero voltar... 

Eu procurei nos profundos oceanos pelo tesouro pirata, e encontrei, ouro, rubis e prata. Mas a felicidade é imaterial, e a busca mais satisfatória que o achado. 

Acordei e ouvi o bombardeiro
Um kamikaze despenhou,
Mas o que pára o amor verdadeiro
Que ainda agora despertou? 

Nao sei se é pela idade escassa
Mas a tua cantada é tão básica:
"És linda, és única" - sério?
Quantas vezes já usaste essa?
Só alguém cega ou ignorante
Poderia cair numa dessas.

Se nós estamos presos aos estudos, ao trabalho, ao consumismo, a certas amizades, a um estilo de vida comum, então, seremos mesmo livres? Estaremos a aproveitar o livre - arbítrio? Se vivemos uma vida que não gostamos e não conseguimos mudar, então, onde está a liberdade? Não passamos de prisioneiros em liberdade condicional.. A liberdade não é parar ou mudar nenhuma dessas coisas físicas, mas mudar a percepção da nossa mente, a partir daí, seremos livres..

O arbusto espinhoso nasce num peito triste, sufoca as flores, adoece o jardim; arranha a aorta, envenena a circulação. 

Adormecia no berço enquanto a minha mãe me embalava , numa caixa do Ebay... 

Se não me queres responder, porquê que metes conversa?

Estou no unico lugar onde o sol nao brilha, 

Deixa que o meu abraço te conforte
Te aperte e te faça perder na alegria,
Não há mal que esse toque não vença
E mesmo a triste ansiedade vence. 

Não quero dizer:
'Não te quero esquecer',
Pois isso envolve ausência
E eu quero a tua presença:
Como esqueceria alguém
Que vejo todos os dias? 

Entre a nau e o arado a alegria prevalece.

Pensei estar a sonhar, mas aquando acordada, fui consumada pela alegria que me consumiu! 

Não há inverno que resista à alegria do momento

Na maresia enrolo os meus lábios nos teus
E sinto as brumas embatendo com amor
Nos rochedos das partículas labiaisQuem me dera que eu te amasse e tu me amasses igualmente
E amassassemos a nossa paixão nas maos da eternidade 

Na tristeza solene, amoleço na cama da campa que acelera a decomposição tardia. Sou uma ossada desmembrada 

Gostava de engrandecer-me
Para chegar à tua altura,
És uma estátua gigante
Polida em acácias douradas,
E eu as ervas dos teus pés.

Vivia no circulo vicioso da vida, encoberto de esmalte e produto balsâmico, embalsamado no túmulo do caixão, situado na negra cripta. Mas tu foste o raio celeste que dos aros do céus me iluminou com a aurora dos cristais solares! 

Pintei um quadro bonito:
Tela facial e distinta,
Com olhar doce e distinto
E um sorriso se pinta. 

O meu exercito capturou-te
E eu prendi-te em mim,
Mas o povo libertou-te
E agora vives livre em ti.

Engraçado como isto não tem graça nenhuma, mesmo assim eu riu-me.

O que me obrigaste a fazer
Nem eu me atreveria dize-lo

2019

Vivia ereto na montanha ensolarada
E tu moravas na desgraça copiosa,
Do cume vi a tua coluna desolada
E reconheci-te pela cara leprosa,
Nessa noite não dormi nada

Olho com olho me acendeu a chama
Debuxando lentamente atração facial,
O nosso olhar marcou amigável pleito
E a paixão foi quem ergueu a glória,
Foste inteira parte da minha essência
Mas agora distante és a minha perdição,
Chora pela penúria
E debates entre vergéis 

E desci pela estrada leprosa.

E desci junto à tua pele leprosa,

A chuva era forte e descontrolada

Então desci e ofereci-te uma rosa,

Com mais dezanove quilos que a lei permitia

Andavas pelas ruas sem nenhum cuidado...

Apanhado com vinte quilos de hipocrisia

Pelas autoridades foste autuado.

Nesse mesmo dia ao tribual ele iria

E no dia seguinte seria notificado:

O documento que nas mãos leria

O condenaria como o único culpado:

No teu corpo a tóxica substância residia

E vinte quilos ao teu peso foi incorporado,

Por isso, a sua casa cedo ele deixaria

E iria a uma loja do cidadão apressado,

É que o documento já não estava em dia,

O teu bilhete de identidade está caducado

Tens dez quilos a menos

Reabilitação

A substancia que consomitia

Deixou o peso alterado

Entre os cavalos que o prado viu passar
Existiu um peculiar, ele não queria cavalgar com outros,
Será que seria livre ou não saberia o seu lugar?
Não se tem essa evidencia,
Qual a sua referencia? 

Eu vivo uma mentira ousada
Finjo ser amigo de uma amada.
_________________________________________________________________________   

Se o teu mundo é nublando
De onde aparece o sol?
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Não tenho ninguém e sou refém de mim próprio.
_________________________________________________________________________   

Deitado vivia no degredo e só o medo me fazia mexer, mas não me fazia tremer, apenas fazia-me virar o corpo para o outro lado.
_________________________________________________________________________ 

Estou parado no tempo frígido
E no calor da noite acordado
Enquanto caio no erro rígido
Lembrando-me do dia errado.
_________________________________________________________________________

Não me deixem sofrer aneurismas fatais nem me façam morrer por amor.
_________________________________________________________________________   

Simplesmente enlouqueço
Nesta vida a que pertenço.
_________________________________________________________________________   

Tento ganhar a confiança do juiz
Para ele me libertar
Daquilo que não fiz.
_________________________________________________________________________   

A língua agridoce
Em picante é banhada
No gelo congelada
E pela boca acolhida,
Mas pelos dentes mordida
Pelo corpo calada.
_________________________________________________________________________   

Aprendi que todos fazem tudo por ti,
E estás habituada a ser a rainha,
Mas se bem te conheço e percebi:
Vais acabar por ficar sozinha.
_________________________________________________________________________   

Eram ocultas as ciências que estudava
Mas mais tarde desisti,
Pois tudo o que eu estudava
Era para nada, era para ti.
_________________________________________________________________________   

Ninguém sabia que partirias
E desejarias ser cremado,
Por um pecado que escondias
Por um ato mal pensado.
Mas na tua face tu sorrias
Fingias, fazias o que era preciso
Isso fez-me pensar por dias:
O que esconde um sorriso?
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A mancha na minha camisa
Relembra um velho amor,
Suja pela dor - essa pedra lisa -
Que encharca a felicidade e fulgor.
_________________________________________________________________________

Entre mil caras te encontrei
Sendo tu a mais bela entre as mil,
E por este ouro amor tudo farei
Até te seguirei para o Brasil.
_________________________________________________________________________   

Vejo os reflexos na lua
De pessoas a dormir
E começo a sorrir,
De todas reflete a tua.
_________________________________________________________________________   

Nunca serei rei
Pois não há reino para reinar
Assim como nunca amarei
Pois não há ninguém para amar.
_________________________________________________________________________   

Todos tem um coração
Nem todos têm dois corações
Mas tu perdeste a noção:
Eu dei-te três corações
_________________________________________________________________________

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