Carolinda

pouco a pouco só na negridão,
Ele geme e pede companhia
mas apenas tem e teme solidão.
Até que o raio do suave dia
Emerge e origina iluminação
Entre essa frecha que o erradia
Ele voa e foge para a ascensão,
Ele emerge e segue o trilho
Da luz intensa - ou brilho raro,
E chegando ao fim do rastilho
Vê a menina com o sorriso claro.
O aro raro e místico que o guiou
Desapareceu, sem lhe deixar direção.
Mas encontrou uma amiga que o amou
E por isso não voltará à velha solidão!
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De estação em estação o Sol percorre
Acelera o seu ritmo velozmente, 
Ele ressuscita, fica vivo e cedo morre
Pois não te ver não o deixa contente.
Porque tu és flor rara e exclusiva 
Que só a primavera vê e conhece 
Em ti não há outono nem o frio te ativa
E mesmo o quente verão não te aquece.
Para perfeita flor, perfeitas condições
E enquanto não nasces o tempo sedento
Acelera a vida, passa pelas estações,
Apenas na primavera se torna lento.
É por isso que os dias ficam melhores
Pois o Sol e o tempo colaboram:
Ambos te querem ver e os dias são maiores
Sim, é por isso que os dias demoram!
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De flor em flor a esperta abelha voa
E o seu som ressoa no intenso Sol,
Outras para flores verdadeiras voam
Mas aquela para o vestido da carol.
E a abelha é esperta pois ela é a mais doce
Entre as doces colmeias, ninho mole,
e mais feliz seria quanto mais esperta fosse
Colocando polém nesse lindo girassol
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Pomba celeste
Que voas nos aros da alegria,
Apareceste enquanto dormia
E agora que apareceste
Quero ficar acordado.
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Não te conheço há mais de um ano
Mas já tirei conclusões evidentes:
O teu coração não foi feito por humano
Mas por máquinas robóticas eficientes.
Só isso prova a falta de erro ou dano
A falta de falhas graves e deficientes,
E é por isso que a ele eu amo:
 Porque vem de origens diferentes. 
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2020

As manhãs ja não são severas
Nem as tardes são tristes,
Porque sei que tu me esperas
Oh sim! Hoje sei que existes!
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Estudo sobre o amor

Tu eras o sussurro profundo
Que ao longe ouvia baixo:
"Calma, não fiques confuso
Sou eu que em ti encaixo"
Mas não te via no mundo
E andava de cabisbaixo;
"Olha para aqui ao fundo
Não fujas - não te deixo,
Se esperares, por ti mudo
Se ficares eu a ti te beijo"
- dizias tu, mas eu mudo
sem te ver em lugar algum,
Pensava: "sozinho me iludo
- isso é o mais comum".
Sobre o amor que estudo
Pensei não achar nenhum,
Mas quando te vi, corrigi tudo:
Afinal encontrei dois em um!
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Claro que as pessoas vivem cegas e enganadas
E eu posso e passo a explicar esse terrível engano:
Elas sabem que a luz da lua é o sol, mas ludibriadas
Não sabem que és tu que dás luz ao sol todo o ano.
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Eu pensava que era amor aquilo que as outras me faziam sentir,
E que era normal sofrer dia e noite esperando ve-las sorrir
Correndo atrás ouvindo: "corre atrás de nós, deixa o coração cair"
Vivia feliz mas iludido não sabendo que a ilusão me estava a iludir,
Estava convencido e quando te conheci não fez nenhum sentido,
Pensei: "Isto não pode ser amor... O que estou eu a sentir?"
Não tinha medo, ansiedade, sofrimento - comecei a refletir
Discerni: o amor é flor doce que faz outros por ela se atrair
O seu pólen não nega, não esconde, não faz outros sucumbir
Não é triste, nem feliz, não pensa, não sente, serve para servir,
É mudo, é cego, é surdo, é coxo, é frágil mas deseja possuir,
O amor era afinal aquilo que nunca tinha vivido e estava a descobrir.

O amor é tudo o que tu me fazes viver e por fim admitir:
O teu "amo-te para sempre" é a única frase que quero ouvir.
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No mundo existe o plano espiritual e o terrestre
E pensava que viver no terrestre era o normal,
Mas com a energia paranormal que me deste
Hoje na terra já pertenço ao plano espiritual.
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Tu és a Afrodite dos nossos dias
Eu amo-te e digo-te a seguir:
Estou a beijar o ar
Fingindo que estou a beijar a ti.
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Desculpa mãe...
Quero ser astronauta
E esta decisão passo a explicar:
Quando a beijo vou à lua e volto
E desejo sempre a ela voltar!
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Antes não sabia quem eras e hoje sei mais que o teu nome
Hoje sei que és querida e meiga, mas tímida e acanhada,
Mas peço-te: liberta-te disso pois um desejo me consome:
Quero que sejas a minha primeira e última namorada.
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Gosto ti, confesso: até de mais
Seja na alegria ou no choro...
Tu não és como as demais
Por isso pergunto-te: vens ou vais?
Tu dizes: "eu irei, não demoro!"
E eu fico à procura dos sinais
À espera de dizer "isto adoro!"
Por favor vem, imploro,
És tu quem eu quero
E não quero procurar mais...
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Desculpa ser imaturo no que por ti sinto

Eu amo-te mas não te consigo amar plenamente
Porque os meus olhos nublados são cegos
E não veem que tu és luz dourada.
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Hoje começa o outono, mas olha do para ti, só vejo a primavera
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Tu foste a flor que brotou no silencio da madrugada
E por isso calma e calada dás cor à natureza;
Mas se mostrares o teu sorriso vai ser audível
Que a voz invisível esconde a bela e floral realeza
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O meu coração foi transplantado
Para junto do teu peito,
Porque queria sentir o carinho
E como ele era feito,
Pois o teu coração transborda
De amor - meigo efeito,
E só queria sentir um pouco
Desse amor sem defeito.
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É pura, também humilde
E tem uma boa educação,
Apesar de lacónica ermita
Empenhada no que acredita
E com um bom coração.
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O meu amor por ti é amigo
E para mim é castigo
Não querer algo mais.
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Não mexo um sentimento
Nem movo uma emoção,
Somente me comovo
Com um bom coração.
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Tu apareceste do nada
E eu fiquei confuso,
Nem sabia se eras real;
E agora estou triste
Por não ter percebido
O quão boa pessoa és.
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Está vento enquanto estamos aqui
O vento sopra e tem de soprar,
Assim como o meu coração ao olhar para ti
Tem de te amar.
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Tu assassinaste o meu coração com o teu amor
E agora ele está encharcado e derrama paixão.
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Nos teus olhos não vejo o reflexo do mar,
Apenas duas escuras esferas delirantes,
Nelas eu perco o juízo do meu olhar
E vejo coisas que nunca vi antes.
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Estavas longe mas eu vim te buscar
Então aproxima-te existe uma razão,
Tu estavas longe e agora perto de amar
E aproximar o meu afastado coração
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Existem flores bonitas por ai
Acredita em mim eu já as tentei apanhar,
Mas nenhuma se compara com a que agora descobri
E que por fim para sempre irei amar.
(Porque ela é única flor para mim
E é só a ela que eu quero apanhar).
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Amar-te é um crime muito tentador
Mas também muito perigoso, acredita,
Por um lado, posso ficar sem o meu amor
Mas por outro, é o teu amor que me agita.

Cuidado, sou peregrino colonizador
E tu és uma terra estranha mas bonita,
Porém eu só colonizo à base da dor
E por isso quero colonizar a tua boca...
Só dessa forma ela não foge ou grita.
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Toca no piano uma melodia
Para que encaixe esta poesia:
És a primavera no inverno
A mais linda das estações,
A luz do desejo é eterna
A perfeita sintonia
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Tu és a minha paixão secreta
E por isso escrevo noite e dia,
Mas há uma verdade discreta:
Na verdade eu não sou poeta
Tu é que és poesia.
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Tu és o doce mel que a tola abelha não descobre
Porque apenas vai para a grande floresta...
Mas não vê que tu não estás entre o outro polém,
Tu ficaste plantada num canteiro bem arranjado
Perto de casa num jardim abençoado e discreto
E agora és doce iguaria orgânica e caseira
Que adoça o meu paladar solitário e personalizado.
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Tu não és uma rosa, és um cato
Tu tens espinhos mas também tens flor,
É nela que aponto os meus carinhos
É só nela que vislumbro o eterno amor;
E agora olha como há coisas curiosas
E como há diversos e cruzados caminhos:
Há outras flores que se dizem lindas rosas
Mas eu nelas só vejo os espinhos!
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Já me queimei na cantiga
E ardi no sentimento quente
Mas não sei o que te diga
Este fogo é diferente...
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Numa noite estrelada olhei para o céu
E nesse céu vi a perfeita comunhão,
O rosto que as estrelas ligavam era o teu
Eras tu a perfeita constelação.
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Conheces amor à primeira vista?
Eu não sei, porque ainda nem te vi
Mas apenas a fala denuncia sentimento
E por tal castigo da mente sofro:
Não aprendo, mas sinto arrependimento
De me castigar e obrigar a não te querer,

Porque se por acaso te quero e tu não
Como ficará depois o meu coração?
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Eu olho de noite para as estrelas para ver se te vejo
E por isso as pessoas me chamam de louco,
Mas loucura é ficar longe daquilo que mais desejo
E saber que 365 dias para te ver é pouco.
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