Estilo Psicadélico
EnTrE o ConSIEnte e INconsCIENtǝ
2021
Eu gosto de ti
como o fruto medieval,
Montado num cavalo
que aprendi a gostar,
E agora iremos contra o olho
Pois o furacão nos espera!
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- Sargento! Socorro!
Saturno saturou-se da sua saturação!
- situa-me soldado...
- Sentado suspirava pela saraiva..
Sorrateiramente,
Surpreendeu-me uma serpente!
Sai solo a cima e sentei-me seguro.
Porém, sombras surgiram (suspeitei),
olhei de soslaio para o céu:
Eis: Saturno antes - cor de cereja - agora sépia!
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2020
Ela tinha fogo a sair dos seus olhos
Era uma chama imensa que a iluminava
O rosto era azul claro e florescente
Mostrou-me a lingua em lava
E eu tropecei na formiga mutante!
Há muita claridade! O sol queima-me
Preciso de água! Escuridão!
Juro que só tomei uma dose!
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Senti o doce orvalho nas silvas selvagens, e as tuas palavras eram beijos daninhos, plantados no canteiro das rosáceas agreste.
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És as colunas helénicas, o ferro dissolvente sobre as nuvens construído, o bronze magmático diluído na prata. És o sino sobre a torre mineira que ecoa o som estridente da harpa.
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Um mosquito me falou,
Disse com voz esquisita:
O teu pai arrebentou!
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Cresci nos pilares centrais do humanismo e construí uma estrutura quadrada do meu dente inchado de florestas e pântanos. Cadavérica cavalaria que hipnotiza a superfície orbital das rotações impiedosas do ventre ocular; o amor consiste na grandeza do ego: uma ursa maior e uma menor; Quis nascer de novo pelo rio lamacento, mesmo que o pó sacudido desde fevereiro esteja ainda a ser sacrificado no altar do Egito Imperial. As velas apagaram-se; só vi uma múmia bocejar enquanto o rosto lilás da pirâmide ganhava bolor amarelo claro.
Parti a porta do túmulo inscrito na rocha roxa. Escorreguei na relva em chamas e o palhaço contratado vivia triste dentro do ventre da ursa. Abusei da dose de água, agora sou peixe revestido de escamas nojentas, nadando através das águas azeiteiras do convento do rei águia.
Estou castanho e assumo a derrota perante o genro da desgraça. Vomitei verde e o melão que comprei estava demasiado vermelho para uma refeição vegetariana.
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Hvíta Stjerna.
Pairas e flutuas na minha mente
Como o fumo amarelo que consumo
E como o acido vermelho que procuro;
De noite vejo Neptuno em Marte
Na única luz verde florescente,
Os anéis dos teus dedos em Saturno
E a saturação imagética laranja.
Beija-me, bola de fogo rubra,
Atinge-me o peito, derruba-me;
A relva é um líquido vinagrento
Manchado de licor lilás labial;
A flor que nasce no intestino crescerá
Eu a verei brotar na flecha sagitária
Onde os negros olhos são o alvo;
Perdoa o meu hálito de poeira
Engoli pó cósmico das estrelas
E lutei contra um tigre branco,
Então o suor são lagartas
E não há uma osga viva.
Estou cansado de esperar
Pela terceira dimensão do cosmos
Vou entrar na quarta dimensão e
Partir para junto do meu pé esquerdo.
Aquece os teus lábios pequenos
E bate na porta do desejo
Abrir-te-ei a porta com vontade
Querendo sempre animar-te com o olhar,
Tenho quatro braços holandeses
E, por vezes, cavalgo de patas.
Vem depressa, o chá caiu na mesa
E a corda rompeu no lume,
E tu és conhecedor de que o
Enforcamento cardíaco tem de prosseguir.
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O teu peito leite é casa de pirilampos
Casca de carvalho belo tigre subindo;
Não resisto escorregar na resina,
Os morangos tossem de frio no espinho da rosa.
Hoje foi domingo, o azul apenas amanhã,
Mas a neve das montanhas é doce charco
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