Poemas 2014
linda exuberância.
linda exuberância.
Para mim tens tanta importância.
Observo com atenção o que tu tens.
Tudo o que consumes, todos os teus bens.
Exuberância perdida, antes muito ouvida, agora, esquecida.
No meio das palavras tento encontrar a importância,
Do verso escrito, outrora transcrito como sendo divinal.
Não me leves a mal, mas tal importância esquecida
Só pode ser exuberância de rainha perdida na confusão.
Ninguém sabe nada se não:
Mesmo louca e perdida,
Todos temos de amar-te de coração.
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Infinito Agora
Amo tanto o infinito. Lá nada é descrito, ou dito sendo "assim ou assim".
É indefinido, é solitário, não existe sumário ou pontos a destacar; não haverá nenhum lugar especifico. é um inacreditável vago, vazio, um calor que também é frio.
É um fim indeterminável, são túneis sem mapa. Não existe certezas ou conclusões por base de premissas, são apenas vários riscos sem sentido ou direções.
Amo esta confusão organizada. Como será lá a atmosfera? Como será a pureza de pensamentos e silêncios cruzados, todos eles desorganizados, e bem cientes do nada em que estão.
Se pudesse viver no infinito, escolheria aquela parte ali.. aquela parte indeterminada, talvez até inacabada, deixada por fazer desde sempre. Esta incerteza é linda, é misteriosa sem compreensão, de certeza que não vem em livros a sua explicação, nem muito menos pequenas anotações de alguma teoria.
Seria um sossego infindável. Um silencio de valor incalculável, muito melhor do que palmeiras douradas, ou sete mil namoradas. Ninguém é dono de nada, no infinito há um nada indefinido, vivido como se fosse tudo… De facto é tudo o que existe lá!
Por isso persiste em encontrá-lo.
Eu já estou a escrever de cá.
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Vestigios de Misontropia
Que bela sensação seria,
Se padecesse de misantropia.
..
Vivo humanamente. Sendo humano sou prudente. Não tenho falhas não sou doente. Não parti osso, não sofro do dente.
Vivo socialmente, como um desejo oculto; derivado do culto antigo, muito parecido comigo de não querer ser assim.
Gosto que olhem para mim, mas pervertidamente não! Opto por ficar no colchão, a sair à rua com a noção que hei ser observado, por um tipo mal educado ou por uma velha qualquer.
Sou homem e mulher, odeio a inutilidade , não sinto bem comigo próprio pois vivo socialmente feliz, quando na verdade algo me diz, que sou imensamente infeliz por ser como sou.
Não voo, não tenho poder, morro se não comer, e ficar sem respirar é impossível, pois nada é possível sem uma boa respiração.
OH! Pessoas são chatas e estranhas,voltariam para as suas antigas entranhas se fosse eu a mandar. Não que me estejam a diretamente a chatear, mas apenas existem!
O que eu me riria, se viesse aqui um dia e padecesse de misantropia!
Não seria uma pessoa escondida, com a mente oca e vazia, sem nenhuma acompanhação. Apenas sentiria o sentimento presente do silêncio ausente a que todos dizem, não.
Porém tenho as minhas dúvidas quanto a este fenómeno, e a sua credibilidade, não e credível nem argumental, nada neste mundo é fiável, e mesmo que houvesse certificado eu não o leria!
Bia, apesar de tudo, não sofras de misantropia.
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A Conífera
Muitos dizem que aquela conífera brilhava à luz da estrela mais vista no firmamento, outros achavam tudo uma crendice absurda digna de repúdio total.
Era uma incerteza global especificada em nobres obras precariamente olvidadas pelos antigos, mais recentemente exploradas por versados entendidos apenas com objetivo comercial.
Jamais se saberá como aparentava aquela conífera, que alguns diziam ser observada por astros de luz e calor, outros eram criveis de um produto diamântico imensuravelmente perfeito de incalculável valor.
Porém o que ninguém sabe é que algo oculto eu escondi; eu estando apaixonado explorei pelos hemisférios e desvendei todos os mistérios da conífera irresistível; algo assim só foi possível quando a minha paixão me disse com vigor: "traz-me aquela flor que todos procuram, para provares o teu amor por mim".
Eu amo-a imenso. Não resisti.
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A ilusão da paixão
Por mil ruas eu vou passar, andar ao ritmo de uma música qualquer.
Vou olhar para todas as ruas e casas, vou ver as pessoas a passar.
O problema é que tudo me irá dar a ti em pensamento.
Na verdade eu vou passar por mil ruas, e vou andar ao ritmo de uma música qualquer, mas, essa música não é uma música qualquer, será a de uma mulher que canta sempre o teu nome, e mesma que a letra seja outra, só oiço o teu nome.
"cia"…"cia"… as últimas letras originais do nome.
A verdade é que eu vou olhar para todas as ruas e todas a casas, mas tu estarás em todas elas, a olhar pelas janelas, ou a acenar na rua.
E o problema será este;
Eu vou ver muitas pessoas a passar, com as suas caras no ar, e todas vão me lembrar de ti, da tua cara. A tua face começa a entrar em todas as pessoas, e as pessoas deixam isso acontecer, pois quem dera a elas ser como tu.
És linda sem igual, não há nada igual ou original à tua pessoa.
A minha vida é em torno de ti, tu estás em todo o lado mas nunca apareces, quando deixo de me focar, apenas vejo caras de pessoas normais a passar.
Mas é então que do silêncio da multidão, e do meio da confusão, sai alguém a cantar, sai de lá a cintilar, e essa só pode ser uma - uma e mais nenhuma a não seres tu.
E o que cantavas suava às tuas últimas letras: "cia"…"cia"…
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O meu vento
Porquê que a sorte é seletiva?
…
Um rapaz apaixonado,
Respira o profundo amor saído da sua amada. Cai de paixão ao sentir o seu aroma. Aquele cheiro converte-se em flechas de amor pesado, tão ousado que entra sem pedir.
A linda rapariga flutua com o vento, rodeada de rosas e lírios. Ela é vento que está em todo o lado, tudo se converte em vento.
O rapaz apaixonado só vê a sua amada, ela é tão bem tratada pela mente do rapaz, que a felicidade dela aumentava cada vez mais.
Flores flutuavam,
Cheiros percorriam olfatos.
A rapariga convertida em tudo o que existe, persiste em fugir do rapaz, mas estando ele apaixonado, corre atrás do vento.
Ele pensa que é possível apanhar…
Que é possível abraçar.
Tonto rapaz apaixonado,
Pois apaixonou-se pela bela mais linda.
Pela linda mais bela de sempre.
O som do vento ecoava nos ouvidos do rapaz, aquele amor torna-se pesado e mais sentido, cada vez que ele ouve a sua voz.
Tonto rapaz.
Apaixonou-se pela rainha do vento,
O vento em rainha.
Ele correu o mundo atrás dela, vendo sempre como é bela e perfeita.
Até que o vento parou,
O barulho cedeu,
A rainha materializou-se,
A amada apareceu; e falou:
-porque olhas para mim?
-tu és linda
-porque ficas correndo atrás de mim?
-tu és única.
-porque me segues?
-Porque não te quero perder.
A cada resposta que dava, o seu coração explodia a alta velocidade. Ele imaginou que tinha chegado o momento e que tinha chegado o momento e lhe tinha tocado o coração, com as suas palavras de amor.
Tolo rapaz.
No momento da aproximação, havia um rapaz de ocasião que a levou consigo; ser sequer ter pedido, sem sequer perguntar, ele levou-a para longe, com a intenção de não mais voltar.
O rapaz apaixonado ficou vazio,
Sentia frio mesmo estando ainda o calor deixado pela bela rapariga.
O seu mundo desmoronou, a sua vida acabou, e os seus desejos e sonhos foram perdidos.
Ele nunca mais sentiu vento nem cheirou rosas nem lírios.
O jovem acabou por morrer degradado.
Mas no seu coração parado, à algo em movimento, ouve-se a qualquer momento em qualquer ocasião, dentro do seu coração ainda se ouve com tremor; o vivido vento que flutuava e a rainha que nunca mais acabava.. ela flutuava e nunca mais acabava de ser consumida pelo amor. O amor do seu amado.
Uma nota do amado:
Tu és o meu amor.
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Quem é igual a ti?
Zero. Nenhuma. Sem uma, sem igual.
És tão linda como o infinito,
Porque nada é finito, ou descritível,
Para descrever a tua beleza final.
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Uma vez só toquei as tuas mãos pequenas,
Uma só vez ouvi a tua voz suave;
Mas senti o contacto ideal das açucenas,
Mas ouvi nesses sons doces gorjeios de ave.
Hoje, após tanto tempo, embora então apenas
Durasse um só instante esse gentil conclave,
Lembram-me exactamente as tuas mãos pequenas,
Recordo-me ainda bem da tua voz suave.
E muita vez, cerrando as pálpebras serenas,
Para que essa impressão melhor na mente grave,
Eu sinto ainda o contacto ideal das açucenas
E escuto ainda esses sons, como gorjeios de ave.
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Entristeço não te tendo,
Assim sendo sinto todo sofrimento,
Enquanto que finjo ser, sendo,
Comigo dentro de um tormento,
Não posso ficar parado pensando,
Pois pensaria em ti de imediato
Porque aos poucos ele tem passado,
E colocado no presente seria insensato.
Infelizmente não sou como estou,
Mas sempre estou como penso ser,
Não tencionando mudar o que sou,
Muito menos apenas estar para ter.
Tenho tendências tolas,
Sinistros sentimentos sós,
Antes não tinha vida,
Mas tenho vida ao meu lado.
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Se a incerteza
Fosse certeza,
Eu era um homem certo.
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O colapso da inexistente paixão
Perpetua numa alma apaixonada.
Que vez após vez tenta em vão
Encontrar a sua verdadeira amada.
Como se o frio desaparecesse pela procura,
Como se o procurar desfizesse a solidão,
Sem calor humano não se satisfaz a alma
Nem se acalma o desespero da mente.
Mas tortura-se ainda mais a autoestima.
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Seria louco por chorar por nada?
Não de certo por nada literal
Mas chorar por algo que não tenho;
É - no fundo - chorar por nada;
ou por tudo o que não tenho.
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Sinto que adoeço ilegalmente
Contra a minha saudável saúde;
Desobedeço ao coração e mente;
Eu sim estou ilegal e doente;
Por causa do amor que me ilude.
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Ofereço-te pirilampos tal oferta noturna,
Esperando que em luz fiquemos mesmo na escuridão;
Porém pirilampos não são uma oferta diurna
...?