Poemas 2015
Aqui estão presentes 8 poemas.
Porém existem mais 8 poemas de 2015 espalhados nas Categorias de Poemas
Já não cintilas como antes cintilavas,
Antes eu obscurecia e tu clara brilhavas,
Ficavas livre e como uma estrela ficavas.
Mas agora a escuridão ofuscou-te ficaste escura,
O teu coração numa sombra, ficaste dura,
A claridade era a minha cura e em escuridão deixaste de ser cura.
______________________________________________________________________
Tento não pensar na circunstância presente,
Do momento difícil que passo contigo ausente,
Espero cada dia pelo teu regresso permanente.
Apenas peço que regresses em segurança,
Que venhas como eu te tenho na minha lembrança.
______________________________________________________________________
É tudo sobre diamantes;
Uma vida, duas vidas,
Mil vidas - por um diamante;
Pessoas são vendidas.
Vis mãos derramam sangue,
Vendo ilusoriamente luz brilhante,
Carregam nos seus ombros armas
Cegos, vem brilho brilhar constante.
Mas a verdade não brilha triunfante,
A escuridão paira sobre desgraça,
A igualdade é tema desgastante
A igualdade é medida pela raça.
De dor são traficantes,
Levam consigo ódio, deixam no chão morte;
Famílias, órfãos, viúvas choram,
Mas o som do diamante é mais forte.
E guerra puxará guerra,
Enquanto o diamante brilhar
Na mente e olhos de gente perdida,
A morte já foi vendida,
Mas o diamante continuará a chamar.
______________________________________________________________________
Lagoas estão turvas com a ausência da primavera, estação
Onde os pássaros despertam folhas adormecidas,
Elas despertam deixando árvores por completo vestidas,
Tronco raso, copa comprida, vermelha decoração.
Lagoas cristalinas cobridas pelo estrangeiro vento oriental
Que se eleva até ao cume montanhoso,
Tudo fica arrebatadamente assombroso,
Digno de retrato madrugador e matinal.
______________________________________________________________________
Sakura
Onde as cerejas caiem forçosamente,
Não há compaixão pela fausta natureza,
São levadas por rajadas de vento potente.
O desastre retira do natural a sua beleza.
Um homem ajoelhado à chuva chora,
Olhando para o terreno molhado,
Em segundos os seus sonhos foram lançados fora,
E agora chorando chora por um sonho passado.
Destilando água do rosto com os olhos semicerrados
Olha nos olhos do recente e breve passado,
Tão vivido no presente como presentes passados
Que outrora era pensamento aberto do futuro, agora fechado.
Natureza era o seu amor e o seu lugar cativo
Mas o seu doce lar foi comprometido,
Todas as terras férteis e seu cultivo,
Tudo ardeu em águas profundas de incêndio sentido.
Para onde podem ser aquelas lágrimas enxergadas?
Por onde aquele homem pode de novo se levantar?
Todas as entradas da felicidade estão tapadas,
Quem as pode de novo abrir ou encontrar?
Mas ele pára e olha para o céu devagar,
E vê uma borboleta pequena passando,
Ele pergunta-se, mesmo com chuva a passar
Porquê que ela fica calma voando?
Então a pequena borboleta pousa numa flor,
Ainda não aberta, ainda murcha, fraca, por despertar,
E o homem ao ver aquilo sente no peito um forte ardor,
O que o faz querer seguir em frente e para a frente olhar.
O homem ao ver aquele pequeno ser da natureza terno
Percebeu a poderosa mensagem que oculta à muito dura:
Maus caminhos procedem do caminho do inverno,
Mas depois dele vem o recomeçar da primavera. Sakura.
______________________________________________________________________
A historia é complexa,
Tem detalhes belos.
Um teatro único,
Uma bela jovem nos bastidores
Uma morte inesperada,
Uma luz fundida,
Sangue pelo chão.
Tinha tudo para ser uma bela história
Com a atriz principal fenomenal
Uma tiara de cristais preciosa,
Joias nos dedos dos pés,
Porém um grito de pânico,
Uma lágrima de sangue
Um último suspiro.
A história podia ser perfeita
Mas sem ti, não há história.
Sem ti a glória é decadente,
Não há teatro,
Não há arte.
______________________________________________________________________
A Flor da Caveira
Caveiras amontoadas em molhos,
desmontadas e quebradas,
são osso mole e frágil,
restos de
pessoas mortas,
são naturalmente assustadoras,
escurecendo vida na morte,
e escondendo
segredos infinitos
que não estão descritos em parte alguma.
Uma vida boa - uma vida má;
ninguém sabe nem ficará a saber,
só por ver tal objeto decorativo
de jazidos.
Pontuais e assíduos,
são corpos mortos e caveiras misteriosa,
estão sempre lá,
com a
grande interrogação: afinal o que foram?
Já não são, mas, outrora foram o quê?
Flores tapam a figura cadavérica de um dos lados,
mas do outro lado ainda descoberto,
pinta-se
um círculo misterioso de solidão e morte clara mas obscura.
O que foi aquela caveira?
Outrora eram corpos lindos, com pele, órgãos, veias,
agora caveiras com teias de aranha
decorando a decoração de jazidos.
São resíduos mortais.
Caveiras são enigmas não decifráveis e frágeis ao toque.
Há silêncio na sala,
Há caveiras caladas,
Muito bem arrumadas,
Em uma sala obscura,
Porém aquele objeto que dura,
Dá um toque mortal.
Apesar de serem misteriosas e quase eternas,
noto uma particularidade assombrosa em todas as
pessoas que me rodeiam;
não há viva alma consciente que queira passar da pele à caveira.
Caveira misteriosa,
Caveira.
______________________________________________________________________
Acontece Confusões
É muito estranho o que me acontece:
Num minuto meu coração está bem, noutro perece.
O meu corpo está frio mas em segundos aquece.
O meu cérebro está confuso, em um minuto esclarece.
O meu ser que estava ofendido, em momentos esquece.
O meu ser que estava bem, de repente enlouquece.
O meu dia está claro, mas cedo anoitece.
Nunca estava parado mesmo que quisesse.
O meu semblante feliz, depressa se entristece.
Eu estava desesperado, fizesse eu o que fizesse...
Então,
O meu coração sofre e estremece,
E por todas estas coisas de extremo stress,
Amar-te é o mínimo que ele merece.
______________________________________________________________________
A viagem onde não viajei
Viajei sem ti, não dentro de mim,
Mas sim literalmente.
E o único pensamento que tinha estava em ti.
Estavas ausente, nem vieste,
Vieste no meu pensamento mas literalmente não.
E eu não senti os cabelos silenciosos
Nem os olhos cintilados com brilhos misteriosos.
Não ouvi a voz que me leva aos máximos,
Nem senti cada pedaço de momento da tua pele.
Literalmente não vieste na minha viajem,
Vieste em pensamento fixo, sempre fiel,
Mas não palpável e audível.
Deprimi. Não senti nem vivi o momento.
Houve forte congestionamento literal,
E literalmente dentro das minhas ideias e pensamentos.
A viajem passageiramente longa, tornou-se instável.
Observo as estatuas da cidade visitada,
E tu estavas em todas elas, literalmente,
Literalmente todas as mulheres tinham o teu busto.
Não vieste. Nem na mala, nem como pedestre,
Deixaste-me sozinho e confuso,
Deixando-me deprimido e melancólico.
E é enquanto eu penso na resposta à tua não vinda
Que me deparo com a derradeira conclusão!
Foi estas as anotações que tirei:
Afinal não foste tu que não vieste,
Mas foi eu que não viajei!
Fiquei parado no tempo e fiquei lá parado.
Se não estavas lá eu não devia estar em nenhum lado.
Tu és vida de viajem inalcançável,
E tudo se torna improvável quando não estás!
Por isso eu já sei:
Não viajei.
______________________________________________________________________
Num mundo perfeito.
Num mundo perfeito…
Num mundo perfeito eu seria notável, conseguiria realizar sonhos impensáveis, apenas do domínio da fantasia.
Num mundo perfeito eu contaria todos os meus passos, saberia o caminho certo para a entrada das palavras corretas.
Eu conseguiria dizer "amo-te" na cara, eu conseguiria levar-te por uma mão até às emoções mais fortes do teu pensamento. Eu saberia o que fazer, o que dizer, como dizer. Gastaria todo o meu tempo e todos os meus esforços a tentar perceber a melhor forma de te amar, de te beijar, de te abraçar. Cada toque seria perfeito, cada gesto único.
Num mundo assim, eu viveria sem a preocupação do teu mau estar, dos teus desgostos, ou das tuas incertezas; eu estaria soberbo sabendo da tua alegria inesgotável.
Tu viverias nos meus braços, nos meus mimos, nas minhas certezas de viagens pelo mundo, e de primaveras de paixão eterna. Tu saberias que te amo, tu viverias no maior sonho, aproveitando o tempo que rastejava lento.
Eu não estou nesse mundo perfeito. Não vivo lá. Porém guardo a terna felicidade de saber que tu és a minha paixão, és real, e tenho a suave esperança de um dia descobrir o portal que nos levará aos dois ao portão desse mundo perfeito. Ai eu venci.
Por enquanto de perfeição só te tenho a ti.
______________________________________________________________________
Porquê?
Porquê? Explica-me porquê!
Porquê que tens de ser a mais bela e inteligente?
Porquê que és a mais alegre e serena?
Porquê que não és como as outras normais,
Que citam frases ocas, convencionais,
Só para tentar parecer ser cultas!?
Porquê que tens o olhar mais lindo e brilhante?
Porquê que olhaste para mim?
Não podias ser como as outras sombrias
Com as pupilas dilatadas e frias,
Sem nenhum brilho natural!?
Porquê que tinhas de ser diferente?
Porquê que não soubeste ficar quieta?
Fazias como as outras que apenas existem
Elas tentam e insistem em ser algo ou alguém,
Porém, não conseguem.
Porque rapariga!?
Porquê rapariga de todas as qualidades, cada uma mais bela que a outra, e as outras não se podem aproximar do poder nuclear que tu atinges. Tu finges não perceber o que digo, fazes tudo parecer um grande labirinto.
Deves pensar que eu te minto quando digo estas palavras; Então sente o que sinto! Entra em mim! Eu pressinto que morrerias, com o coração partido, e queimado de calor.
Porquê? Sê como as outras que se riem mas não percebem, elas não sabem, elas não me sabem fazer rir… mas tu sabes… porquê?… Porquê que o meu coração morre, frio, com a tua ausência e morre, quente, com a tua presença. Sou mais morto do que vivo, pois apenas te vivo a ti.
És a rapariga que entrou na minha vida,
E és única para mim.
______________________________________________________________________
nada
Tenho um péssimo pressentimento em mente.
Tenho tanto medo que não penso em algo concreto, esta é a dúvida: E se tudo for uma mentira que eu próprio criei? E se tudo não passar de um mero acaso de pensamentos mal feitos?
Tenho medo, porque não costumo ter medo, e agora tenho medo de te perder sem que nunca te tivesse tido; é como ter perdido algo que nunca tive.
Tenho um medo mórbido e já não apetece escrever. Não me apetece nada, e não penso em nada. Estou num nada muito constante. Posso ser o único numero da soma não realizada do resultado que esperei.
Sou um nada porque imaginei, sou fraco. Não escrevo mais.
______________________________________________________________________