Poemas 2021

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Não há gregos alfabetos
Nem dialetos chineses,
Nada explica o que dizem:
"A ignorância mata"
Watson, abstrato!
Nasci inato e sobrevivi.
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A transformação quântica do carbono
Deixa o polígono polido...
E já não há ouro em taças de cobre
O ferro derrubou o aço com ferrugem.
Enquanto partículas forem cristais
Não há substancia que não derreta. 
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Dentro do meu autocarro
O meu amor é passageiro
E é passageiro por ti
Porque tu estás de passagem
E nem compraste bilhete. 
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Tento navegar por um mar de sangue
Devidamente separado por duas costelas,
Mas a corrente é forte, um tejo triunfante,
E embato nas naufragadas caravelas...
Creio percorrer dentro da caixa torácica
E de impacto em impacto na exploração:
O capitão perdeu o mapa no lascivo ácido
E não consigo chegar até ao teu coração. 
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Se és um pastor anarquista
Eu entendo os teus atos,
Mas se és pastor moralista
Vamos debater os factos:
Desleixas-te na tua vigia
Perdes-te na exigência...
Se só proteges as escolhidas
Não é isso negligência?
Fechas os olhos para não veres
Uma verdade para ti crua:
Se uma ovelha mais distante vai cair
Deixas cair como se não fosse tua?
Percebo que tapes os ouvidos
Ou então não lavas as orelhas,
Só assim se explica os gemidos
Que tu não ouves das ovelhas;
Porém, apesar de cego e surdo
Ainda tens moral para falar,
E gozas com quem não vês
E de quem não ouves consegues gozar.
Não queria que fosses cego ou surdo
Mas mudo, porém sei que fracasso:
Vires a mudar é pensamento absurdo
Serás sempre o pastor palhaço...
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Tu és balança...
Mas não o signo,
Antes, o significado:
Equilíbrio, Justiça,
plenitude, balanço.
Quis saber quanto a ti,
Mas tu eras o sorriso
E eras a cabeça baixa.
Um vulcão de estrelas
E uma pintura borrada.
Sou o entrevistador
Que não entrevista,
Porque: entre amar
E acabar acabado...
Prefiro levar vista. 
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Ouvi lá fora um galho a partir
Mas não há árvores por perto,
Tudo é escuro, carvão, preto,
Não há certeza no incerto;
Oiço passos no deserto
E só desejo fugir para longe,
Mas o som segue-me sempre
E enquanto olho o semblante
Tropeço numa raíz cortante
E o constante barulho pára...
De repente, o silêncio muge,
E eu só quero o desejo de fugir
Porque o silêncio é gástrico
,Impuro som da cólica renal,
Por muito que tranquilize
Deixa a pedra no rim.
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O desejo por mim era obvio
E o teu olhar em mim, evidente,
Eu a ti parecia perdido e aflito,
E tu para mim eras contente,

Mas a verdade se uniu em uma só força
E de todas as forças se desfez:
Nós partiremos a louça toda,
Não aguentaremos até ao fim do mês.
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As duas montanhas gémeas
Lado a lado não se movem,
E eu fui enfeitiçado por vê-las,
Agora quero me deitar nelas,
Mas ao mesmo tempo não dá.
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Eu era um casto rei sonhador
E queria casar com um sonho
Por isso, gastei a minha fortuna
Para a maior fortuna encontrar...
Mas a meio da procura parei
E no inicio do sonho fui preso:
É preciso ser leve para sonhar
Mas a minha ilusão tem peso. 
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Eu sei que esperavam que caísse e tropeçasse,
E que a lua não se destinasse a alguém como eu,
Hoje doente e a perecer, espero que ascendam
E que me façam companhia,
Aqui da lua só vejo gente pequena na Terra
Tentando impedir os outros de fazer 
O que eles não conseguem.
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Eu sentia o terror dos
teus lábios nos meus.
Mesmo que não os
calcasses, eu sentia-os a
perfurar a pacifica
criança que era... essas
marcas que deixaste não
se apagam, apenas dilatam.
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Desculpem mentir:
Não estou magoado por me terem rejeitado
e julgado por ser diferente.
 Fugi, e hoje descobri os cadáveres deles na tumba da ignorância....
mas... como vim aqui parar?... 
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Posso ser deslavado e doido
Um caso de devaneio abrupto,
Porém ninguém me convence
Que o tempo não é corrupto!
 Ontem foi segunda amanha
Sexta feira será, e eu parado
Tentando provar a culpa
 Do tempo corrompido. 
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Eu era monge na floresta noturna;
de noite deitado na caverna
ouvia ao longe os uivos luminosos,
E rangia os dentes nos lábios,

acendia o lume do medo medonho
e adormecia despertado na sombra,
E sem o fumo da infértil fogueira
 não havia sinais de quarta-feira,
E de qualquer sombria maneira
O dia não amanhecia... eu só ria,

"sou um louco!" - eu dizia -
 "por querer me isolar da companhia
E formar em mim a abstinência
Dando a clara e falsa condolência
Ao teu diurno e claro amor".
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Sei por um boato que tu amas o desejo:
por quatro vezes casaste com a luxúria,
E nas noites de lamurias dos lutos perdidos
Não lamentas a cerimónia nem a lápide
Apenas celebras o que não foi perdido
Esperando que nasça o que antes mataste... 
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De sol a sol vi a lua escondida,
A maré só enchia e não vazava,
 E no meio da água eu afogava
Enquanto evaporava
A escaldante substancia da paixão. 
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A tua reputação era enorme,
Como tal queria conhecer-te e
Caminhei muito para ter contigo,
Ouvi dizer que eras sublime
Tinhas ganho sete medalhas
E até uma enorme taça
Mas depois conheci-te
E vi que eras sem graça.
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Mas já não basta?
Deixaste morrer uma nação!
Tantos labutaram por ti,
E no fim, de tanto amor que tinham
Restou a decpeção.
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Tu ardias e eu olhava, desculpa,
Não pertenci ao salvamento,
Não achei que valesses a pena,
E por pensar isso lamento.

Essas cicatrizes são culpa minha,
Falhei totalmente contigo, eu sei,
Amor por ti, na altura, não tinha,
Foi algo rude e sem nexo...

- dizia eu, olhando para o meu reflexo.
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Enquanto choro leve levemente na praça vejo
Lábio com lábio selados unidos naquele beijo,
Os meus lábios selados sedados do desejo,
Ambos são soldados sem aliados ou cortejo
Não há honrarias nem curas para as feridas
Não há palavras bravias nas despedidas,
E para sempre ficarão secos como a terra
Se ao ir ficar e não voltar da guerra.
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Tu és da grande e longínqua Nigéria
E quiseste acabar com a miséria que havia
Até construíste uma ponte férrea
Mas sou sincero:
Para a Nigéria eu nunca viveria 
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Tu és a tentativa falhada
De te explicar a ti mesmo,
Mas explico-te à mesma:
Pensavas que eras carente
Mas eras apenas doente
E essa doença eras tu.
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Quanto te vi eras a mais ruiva
E dos três trevos nascias tu,
Mas a natureza é:
O mocho mocha, o lobo uiva
E o teu cabelo ficou nu. 
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Então,
Tu pensaste que esse grupo era eterno
Porque andavam de mãos dadas
Dançando e cantando todos felizes?
Ah! E agora? Não passam de perdizes
Perdidas cada uma para o seu lado;
Porquê?
O tempo é um estratega que conspira
E entrega a quem respira
A oportunidade de falhar. 
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Vou contar-te como foi:
Foi numa noite clara
Onde o sol brilhava como a lua,
Todos gritavam e ninguém ouvia
Eram surdos mas ouviam bem,
E eu em casa perdido
Procurando o caminho para a rua
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Tu disseste que ter equilíbrio era simples...
Mas experimenta andar na corda bamba
Banhada por terra, poeira e lama
Juntamente com um monociclo inclinado,

Pois a terra, poeira e lama são emoções
E o monociclo inclinado o meu coração.
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O meu marido é um escritor
E sinto-o distante ultimamente,
Porém acho constrangedor
Dizer o que o meu coração sente
Isto porque não sei se:

De mim está distante e me evita
Ou perto de mim na sua escrita.
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Tu és um mistério
Como uma passagem secreta
E um dilema
Como um caminho bifurcado,

Erigi um obelisco ao teu nome
Em caracteres chineses simples,
E enquanto o sol bater no mármore
Eu saberei ao menos o teu nome.
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Tu falhaste, tu sabes,
Isolaste o teu pensamento
Questionaste o teu ser,
Deambulaste em desertos...

Até que, da areia uma erva:
Verde da espécie da esperança,
E quiseste regá-la com esforço
Aproveitaste as boas chuvas,
Viste a erva crescer...
De erva, planta, de planta árvore
E finalmente: uma sombra
não contra ti mas a teu favor.

A vida não foi fácil - não estás a mentir
E em ti eu creio e acredito,
Sei que até pensaste em desistir,
Mas o teu amor pela vida é maior e infinito!
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Medi ponta a ponta do país
Mas a régua era curta,
A distância é enorme e não encurta,
Tu aí e eu cá, o metro não é suficiente
É precisa outra linha de viagem...
É o que dá ter a cabeça no vento:
Trouxe a emoção, mas deixei a razão 
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Tu da grande árvore saíste
E como um ramo cresceste,
E alegre, o ramo não é triste
E nem à arrogância cedeste.

Nesse ramo nasceu um fruto
Calmo, alegre e acolhedor:
Sendo que, fazer rir os outros,
É esse o seu magno sabor.

Não acho que vil fruto encarne
E nem com vil palavra lhe irrito:
Ao longe parece fruto de carne
Mas ao perto fruto do espírito!

E pelos vistos, calor ou chuva
Não mudam a sua constituição:
Por isso continua assim:
Bom amigo, marido e irmão!
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O império Qin era de jaspe
Mas um desastre aconteceu:
Zhi Nu apareceu cantando
E o povo de amor adormeceu.

Os inimigos sem nenhum clamor
Aos adormecidos mataram,
Mas no sorriso do povo repararam:
Pois no sonho, tinham ganho amor!
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Quem canta o canto dos pássaros
Se não tiver apaixonado pela natureza?
E se assim for, o meu canto é firmamento
Pois observo a cada momento,
A tua beleza. 
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Ando há procura de humanos...
Ultimamente só me deparo com semi-deuses
E não sei o que dizer ou como agir,
Eles são canonizados e eu nem santo sou,
Não me encaixo nas suas eloquências,
Nem nunca dessas serei eleito,
Quanto mais ter uma aura como a deles...

Não aguento a pressão de ter de ser perfeito...
Necessito de ver um erro humano
Para sentir que estou em casa,
Talvez uma palavra dita por engano...

Eu sou um mero humano falho,
Que vive entre os novos deus do Olimpo,
Eles oferecem-me um atalho:
"Damos-te um cadastro limpo"
Porém eu prefiro estar sujo,
Por mais que os erros ecoem,
Agora vão indo lindos anjos...
Abram as asas e voem...
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Esta é a sociedade do gozo maldoso
Onde a ironia maquiavélica é usada
Para 'brincar' com os amigos,

Eu entendo... de alguma forma
Pessoas narcisistas ou com desejo de aceitação
Lamboseiam-se com esse ouro colorido: o sarcasmo
A ironia irritante, 
achincalhamento gratuito.
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Tu, horrendo, sanguessugas os outros
Para alimentares o teu sanguinário ego,
És espalhafatoso, fala barato, ordinário,
Procuras o estrelado por meio dos holofotes,
Usas a boca para rebaixar os restantes
Restando apenas a sua anulação, logo,
O teu ato principal sobre o cosmos!
O teu lugar não é aqui! Mas sim lá:
Entre os deuses! Olimpo perdido, volta!
Acolhe o teu filho esquecido! Ele clama!

Vai e não voltes! Deixa os humanos,
Meros terráqueos na terra, e some daqui,
Dá-nos a paz parola que só a nós pertence.
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Nós éramos os únicos samurais da aldeia
E carregávamos grandes aspirações...
Era onde a proteção pelos outros floreia
Que plantávamos os nossos corações.

Porém o tempo é uma inundação
 Que arrasta tudo o que era:
Decidiste levar outro caminho
E caminhar para a guerra.
 E eu fiquei aqui caladinho,

Feliz e triste devo confessar:
Triste: pois sozinho, Feliz: por recomeçar. 
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Do meu ventre nasceu uma flor
Com muito amor e consenso,
 "Como será ela, qual a sua cor"
 ⁃ Às vezes sentada penso:
Será rosa, violeta, flor da horta,
 Talvez laranja, lilás ou liz?
Mas eu sei: a cor não importa
O que importa é ela ser feliz. 
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De lua cheia a lua nova -
Quão rápido mudaste,
 Nem a lua muda assim!
 Eu ia a pé ver as estrelas
Mas até nisso me trocaste,
Porque viste uma nave
E nela uma oportunidade,
Mas és apenas oportunista
Procurando quem te leve
Mudando como a maré..
Mas pergunto-me:
Se ele perder a nave
Voltas a ver as estrelas a pé?
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Rendido aos teus olhos, fiquei perdido,
no mapa não havia o destino nem o caminho,
os teus olhos apagaram a orientação dos astros,
as frequências dos satélites, o magnetismo da terra.
 Por isso, fiquei no deserto cedido a uma tribo indígena,
pois não fui digno de desvendar e traçar
o percurso do teu olhar - seria para mim, ou para o além?
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A forma de pagar
nunca foi por dinheiro
mas por tempo.

E agora a vida persegue-me:
quer cobrar por este ensinamento!

⁃ Mestre preciso de um conselho, o que faço?
⁃ "Agora poupa, não troques muito tempo por dinheiro"
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Eu sempre estive sozinho
Como o gado isolado,
Mas o meu pai preocupado
Com medo que fosse infetado
 Quis que eu fosse vacinado,
Assim, desde pequenino
 Estou curado
Contra o vírus da inveja.
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Na esperança do rebento
A ansia sobe,
Então as águas rebentam
(momento tenso);
Mas depois os risos aumentam -
(felicidade que contagia),
E todos recebem nos braços
Não só o rebento, mas,
Quem pariu alegria!
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Existem certos casos quando um homem namora com mulher - vice versa - que se isola com o seu companheiro e deixa de lado os seus amigos. Pode ser que seja deslumbramento, ou uma tentativa de fuga da podridão.
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Gostaste de comer das duas mesas?
Comeste feijão preto e também sushi,
Agora dizes que a consciência pesa
Mas esses quilos a mais eu não vi,
Apenas o emagrecimento da dignidade
Eu notei com preocupação
 E dou-te um ansiolítico, não para a ansiedade,
Mas para a tua indigestão;
Sim já podes vomitar a tua falsidade
E fica à vontade para rebolar no chão,
Enquanto te digo: tira essa vaidade,
Mas tu levantas e eu vejo com estupefação:
Deixo a dica: tira um pouco dessa base ,
isso não te dá comichão?
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