Tribos Africanas

onde nem o sinistro ousa entrar

2019

tambores aproximam-se estridentes
veem-me buscar, arrancar os meus dentes
curtir a minha pele, desmembrar-me,
vêm-me assassinar e cozinhar a minha carne,
Querem beber os glóbulos vermelhos
as vozes e seus coros elevam-se
A floresta torna-se negra de dia,
Sou atingido na clavícula por uma lança
Sou lançado ao chão por um lobo
Violinos emergem nas árvores
estou rodeado por neblina densa
estou fatalmente a ser perseguido
por escravos da morte que me cravam medo
Ela nem teve coragem de vir pessoalmente,
E envia os lacaios tal lagartixas
Morcegos sanguinários sugarem a minha alma.
Os tambores aproximam-se mais,
E quando dou por mim estou rodeado
De negros escravos da infiel morte
Sou arrastado pela lama seca
E desmembrado com perícia.
Deixo aqui o meu testemunho através
de uma tímida e longínqua sinapse.
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2017

Em África numa tribo ainda por conhecer
Acontece hoje o que no futuro será mito:
Loucos soberanos competem para vencer
Uma corrida onde o animal é o seu súbdito.
O excitado cocheiro chicoteia as negras peles,
E os débeis súbditos cravados apenas correm,
Porém os soberanos dependem muito deles
Porque de imediato perdem se eles morrem!
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@Jáo Pedro 2018-2024
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